Editorial
DOI:
https://doi.org/10.7784/rbtur.v3i3.260Abstract
Chegamos ao final de mais um ano de trabalho e de difusão do saber criado em torno do tema turismo.
Eventos científicos tem acontecido, livros tem sido publicados, os estudos a respeito do turismo crescem e se diversificam.
O Seminário da associação Nacional de Pós Graduação em Turismo (ANPTUR) reuniu um número recorde de pesquisadores. Na Reunião de Antropologia do Mercosul (RAM) uma surpresa para os organizadores: o GT Turismo, Cultura e Sociedade foi o segundo, entre 75, em número de inscritos e o primeiro em efetiva participação, com 85% de assistência. O Seminário Internacional de Turismo (SIT), em Curitiba, teve 800 participantes de vários países do mundo. Além de incontáveis seminários e jornadas em instituições públicas e privadas, prefeituras e universidades, eventos de áreas não tradicionalmente dedicadas ao turismo discutem o tema com cientificidade, o Seminário Internacional de Arquitetura para a Cultura e o Turismo (Architectour); o Congresso Internacional de Turismo Arqueológico, o Seminário sobre Turismo e Fronteiras e muitos outros que seria entediante enumerar, basta googlear e obter todas as informações.
Foram vários os livros publicados em 2009, assinados por pesquisadores de peso, como Ruschmann, Panosso Neto, Trigo, Uvinha. Dois livros sobre antropologia e turismo, um deles, um clássico espanhol traduzido e outro de vários autores do Brasil juntamente com Nelson Graburn, que foi membro do grupo pioneiro em estudos desta natureza, na década de 1970, nos Estados Unidos. E um marco, resenhado neste número: a edição comemorativa do clássico de Krippendorf traduzido no Brasil como “Sociologia do Turismo”, com prefácios de diferentes intelectuais.
É precisamente este crescimento qualitativo da pesquisa sobre o tema turismo no Brasil que Santos verifica no seu artigo neste número, qualidade alicerçada em pesquisa cuidadosa e análise acurada dos dados obtidos em campo. É o caso da pesquisa assinada por Santos, Vassallo e Rabahy que mediante aplicação de modelos matemáticos pode determinar quais são os valores do produto turístico percebidos pelos turistas.
A pesquisa de Costa, Sawyer e Nascimento também submete ao rigor científico o discurso sobre os Arranjos Produtiros Locais (APL), contrastando-o com determinadas variáveis, que lhes permitem concluir que a dimensão sustentabilidade não está realmente contemplada, apesar de ser o desenvolvimento sustentável carro-chefe da proposta.
Santos também sugere que estaríamos presenciando o surgimento de uma nova tendência na plataforma do conhecimento de Jafari, a de estudar a epistemologia do turismo, de passar de estudos com base no empírico para estudos comparativos entre teorias. É exatamente o que faz Korstanje na sua discussão sobre os fundamentos da teoria utilizada por MacCannel para construir seus argumentos sobre a relação entre turismo e autenticidade, discussão que vem permeando os estudos de turismo há quarenta anos e que vem sendo superada à luz dos novos paradigmas da reflexividade, do dialogismo e da hibridação cultural.
Nesse terceiro número do terceiro volume da RBtur se encerra a parceria da editoria Barretto e Bastos. Consolidado como periódico científico, suas páginas destinam-se à extroversão de artigos dos autores dispostos a enfrentar os desafios da pesquisa científica em Turismo.
Downloads
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
a. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution 4.0 International Public License (CC BY 4.0) that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
b. Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
c. Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).