Boticas e o “Vinho dos Mortos”: reforçar a identidade cultural do território na experiência de enoturismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7784/rbtur.v11i2.1304

Palavras-chave:

Enoturismo. Ecossistema. Património cultural. Vinho dos Mortos. Boticas.

Resumo

Propósito justificado do tema: O território de Boticas (Norte Portugal), embora de baixa densidade populacional é visto como um espaço de valorização do património cultural, ao integrar de forma harmoniosa o seu ecossistema de enoturismo através de várias dinâmicas potenciadoras dos recursos endógenos, resultando num reforço da identidade e singularidade culturais. Objetivo: O objectivo deste trabalho é mostrar o “vinho dos mortos” como uma tradição vitivinícola peculiar e um símbolo da astúcia e sobrevivência do povo de Boticas, tendo surgido no período da 2ª Invasão Francesa (1808). O seu nome resultou do facto do vinho ter sido enterrado no chão das adegas, no saibro, debaixo das pipas e dos lagares para salvaguardar o património do saque dos soldados franceses. Design/Metodologia e abordagem: No estudo foram utilizadas duas metodologias qualitativas: MatrizPCI (Matriz Património Cultural Imaterial) para inventariação dos recursos endógenos, seguindo as orientações da UNESCO quanto à “Salvaguarda de Património Cultural” e o modelo dos 6 A’s de Buhalis para o reconhecimento dos atributos do destino turístico e sustentar a propostas de criação de valor na experiência de Enoturismo. Resultados: Os resultados mostram Boticas como um espaço geográfico multifuncional onde as suas características/atributos endógenos asseguram um posicionamento privilegiado e competitivo no quadro do turismo de vinho. Originalidade do documento: Este trabalho é original quanto ao tema e enquadramento. 

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Biografia do Autor

Josefina Olívia Salvado, GOVCOPP - Unidade de investigação da Universidade de Aveiro

Josefina Salvado possui uma formação que integra competências em âmbitos diversos: Doutoramento em Turismo (UA-Universidade de Aveiro); Mestrado em Gestão e Desenvolvimento em Turismo (UA); MBA em Marketing (IESF - Instituto de Estudos Superiores Financeiros e Fiscais); Licenciatura em Auditoria (UA-ISCAAv); Licenciatura em Economia (U. Coimbra- FEUC),

Depois de 20 anos a trabalhar na Portugal Telecom, SA como Controller de gestão e marketing, coordenador de Rede de Lojas PT, Coordenadora da Contabilidade e Gestão de Fundos e funções de Business Developer, iniciou em 2012 a docência no ensino superior, nas Universidades Portucalense Infante D. Henrique e Lusófona do Porto e ainda no ensino médio na EHTC – Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, tendo desempenhado cargos de coordenação (1º Ciclo em Turismo e do Short Master em Cultura do Vinho e Enoturismo) e de gestão (Membro do Conselho Cientifico).

Investigadora associada da GOVCOPP (Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas) vinculada à Universidade de Aveiro nas seguintes áreas: Enoturismo stakeholders e desenvolvimento do território, Distribuição turística (Canais de Distribuição, Modelos de Negócios, Co-Criação Valor em Turismo) e Interculturalidade (Património e Turismo). Membro conselho editorial de diversas Revistas e com experiência na organização de eventos e conferências internacionais.

Publicado

2017-04-30

Como Citar

Salvado, J. O. (2017). Boticas e o “Vinho dos Mortos”: reforçar a identidade cultural do território na experiência de enoturismo. Revista Brasileira De Pesquisa Em Turismo, 11(2), 294–319. https://doi.org/10.7784/rbtur.v11i2.1304

Edição

Seção

Artigos