Mulheres Negras no Turismo
desafios enfrentados pelas integrantes do Coletivo Bitonga Travel
DOI:
https://doi.org/10.7784/rbtur.v17.2722Palavras-chave:
Mulheres negras, Coletivo de Mulheres, Racismo no Turismo, Gênero e TurismoResumo
O coletivo Bitonga Travel, criado em São Paulo no ano de 2018, busca fortalecer o protagonismo das mulheres negras no turismo, além de incentivá-las e auxiliá-las através de uma rede de apoio e troca de experiências. Esta iniciativa ocorre porque a figura da mulher turista tem sido representada como uma pessoa branca, enquanto a pessoa negra é vista como uma trabalhadora que atua nos bastidores ou em atividades subalternas. Este artigo pretende entender os desafios enfrentados pelas mulheres negras do coletivo Bitonga Travel enquanto turistas e as discussões sobre racismo e gênero se fazem importantes. Foi realizada uma pesquisa qualitativa com a aplicação de questionários com 35 mulheres e a realização de entrevistas semiestruturadas com 03 mulheres, das 116 mulheres negras participantes da Bitonga Travel. Foi possível traçar um perfil dessas mulheres e perceber que o racismo, o machismo e o sexismo são problemas presentes nos relatos dessas viajantes. Portanto, é de extrema importância pensar em uma atividade turística mais inclusiva e que promova estratégias para o combate ao racismo, ao machismo e ao sexismo.
Downloads
Referências
Akotirene, C. (2019) Interseccionaliade. São Paulo: Pólen.
Benjamin, S., & Dillette, A. (2021). The Black Travel Movement: a catalyst for social change. Journal of Travel Research, 61(3), p. 463-476. https://doi.org/10.1177/0047287521993549
Binfaré, P. W., Castro, C. T., Silva, M. V., Galvão, P. L., & Costa, S. P. (2016). Planejamento turístico: aspectos teóricos e conceituais e suas relações com o conceito de turismo. Revista de Turismo Contemporâneo, 4. p. 24-40. https://doi.org/10.21680/2357-8211.2016v4n0ID6042
Butler, J. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de janeiro: Civilização Brasi-leira. https://doi.org/10.54580/r0301.15
Carneiro, S. (2009). A miscigenação racial no Brasil. Portal Geledés.
Creswell, J. (2010). Projeto de Pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed. https://doi.org/10.26512/les.v13i1.11610
Cunha, L. (2003). Introdução ao Turismo. Lisboa: Verbo.
Davis, A. (2016). Mulheres, raça e classe. São Paulo, Boitempo.
Dayrell, M. (2022). Mulheres negras são apenas 3% entre líderes nas empresas, diz estudo. Terra.
Diangelo, R. (2018). Não basta não ser racista: sejamos antirracistas. São Paulo: Faro Editorial.
Fernandes, D. A. (2016). O gênero negro: apontamentos sobre gênero, feminismo e negritude. Revista Estudos Feministas, 24(3). p. 691-713. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2016v24n3p691
Ferreira, L. C. (2014). Tipos de análise qualitativa (#1): A análise temática.
Ferreira, M. A., & Casagrande, L. S. (2018). E quem disse que não é seu lugar? Por um turismo democrático e inclusivo para negros e negras. Revista Mundi Sociais e Humanidades, 3(2), p. 1-21. https://doi.org/10.21575/25254774rmsh2018vol3n2665
Gimenes, D. (2020). Mercado de trabalho: negros são minoria em cargos de médio e alto escalão. VEJA.
Hintze, H., & Júnior, A. (2012). Estudos críticos em turismo: a comunicação turística e o mito da democracia racial no Brasil. Revista Turismo e Desenvolvimento, 1(17/18) p. 52-72. https://doi.org/https://doi.org/10.34624/rtd.v1i17/18.12767
Hirata, H. (2018). Gênero, patriarcado, trabalho e classe. Revista Trabalho Necessário, 16(29), p. 14-27. https://doi.org/10.22409/tn.16i29.p4552
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Tabela 6786: População residente, por sexo.
Krenak, A., & Campos, Y. (2021). Lugares de Origem. São Paulo: Jandaíra.
Lauretis, T. (1994). A Tecnologia do Gênero - Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco.
Matos, M. I. S. (2013). História das mulheres e das relações de gênero: campo historiográfico, trajetórias e perspectivas. Mandrágora, 19(19). p. 5-15. http://dx.doi.org/10.15603/2176-0985/mandragora.v19n19p5-15
Moesch, M. M. (2002). Para além das disciplinas: o desafio do próximo século. Turismo: investigação e crítica. São Paulo: Contexto, 1, p. 25-44.
Moraes, E. L. (2005). Construindo Identidades Sociais - Relação de Gênero e raça na política publica de qualifi-cação social e profissional. Brasília: MTE, SPPE, DEQ.
Nascimento, A. (2016). O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Pers-pectiva. https://doi.org/10.26694/rcp.issn.2317-3254.v8e1.2019.p93-96
Netto, A. P. (2017). O que é turismo. São Paulo: Editora Brasiliense.
Oliveira, N. A. (2021). Negros e turismo: análise da produção acadêmica sobre o tema em revistas vinculadas aos Programas de Pós-Graduação em Turismo no Brasil. Rosa dos Ventos, 13(1), p. 219-234. https://doi.org/10.18226/21789061.v13i1p219
Oliveira, N. A., Silva, P. T., & Almeida, H. J. (2022). Mulheres negras viajantes: experiências e relatos de um gru-po de Facebook. Caderno Virtual de Turismo, 22(1), 63. https://doi.org/10.18472/cvt.22n1.2022.1987
Organização Mundial do Turismo (2001). Introdução ao turismo. São Paulo: Roca.
Piscitelli, A. (2002). Recriando a categoria mulher?. In: Algranti, L. M. (org.). A prática feminista e o conceito de gênero. Textos Didáticos: Campinas, IFCH, n. 48, p. 07-42.
Rosa, L. S. & Mackedanz, L. F. (2021). A análise temática como metodologia na pesquisa qualitativa em educa-ção em ciências. Atos de Pesquisa em Educação, 16e8574, p. 01-23. http://dx.doi.org/10.7867/1809-0354202116e8574
Ribeiro, D. (2019). Pequeno manual antirracista. São Paulo, Cia das Letras.
Santos, J., & Sá, N. S. C. (2021). A mulher negra viajante: experiências e estratégias de combate à sua (in)visibilidade no turismo. Revista de Turismo Contemporâneo, 9(2), p. 252–269. https://doi.org/10.21680/2357-8211.2021v9n2id23584
Santos, L., Berteli, A., & Arantes, R. (2016). A estereotipização da mulher negra e os reflexos no turismo Brasilei-ro. Foz do Iguaçu. Fórum Internacional de Turismo do Iguassu, p. 23-28. https://doi.org/10.5380/tes.v6i2.29459
Scott, J. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade. 20(2), p. 71-99.
Silvio Luiz De Almeida. (2019). Racismo estrutural. Sueli Carneiro.
Souza, J. (2021). Como o racismo criou o Brasil. Rio de Janeiro: Estação Brasil.
Strauss, A. & Corbin, J. (2008). Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento da teo-ria fundamentada. Porto Alegre: Artmed.
Vasconcelos, D. A. L. (2005). Conceitos e Modelos em Turismo: uma evolução do reducionismo aos sistemas turísticos. Turismo Visão e Ação, 7(1), p. 155-171.
Vieira, R. (2019). Turismo responde por 8,1% do PIB Brasil; veja dados globais. Portal PANROTAS.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Isabela Andrade de Lima Morais, Evenly Maria dos Santos, Isabela Beatriz dos Santos
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Pública Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).