Eventos e megaeventos: ócio e negócio no turismo

Autores

  • Ricardo Alexandre Paiva Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.7784/rbtur.v9i3.890

Palavras-chave:

Ócio e negócio. Megaeventos. Turismo de eventos e negócio. Arquitetura e cidade. Imagem urbana.

Resumo

A promoção de eventos e megaeventos mobiliza simultaneamente, de forma concatenada ou não, práticas de ócio e negócio, que são capturadas pela atividade turística como estímulo para a reprodução do capitalismo, pela quantidade de outras atividades que engrena (primário, secundário e terciário), colocando a arquitetura e a cidade como protagonistas no desenvolvimento urbano contemporâneo. Nesta direção, o artigo analisa a articulação dos eventos e megaeventos à provisão de infraestruturas urbanas e edilícias e à construção da imagem turística dos lugares, motivadas por atividades de ócio e negócio. Os procedimentos metodológicos possuem caráter teórico e exploratório e tem pretensões multidisciplinares. Para tanto, serão discutidos em uma perspectiva histórica os conceitos de ócio e negócio como atividades propulsoras de deslocamentos e viagens; na sequência serão delimitados aproximações e diferenças entre o turismo de eventos e de negócios, adentrando em seguida nas distinções entre eventos e megaeventos, ressaltando a complexidade e o protagonismo deste último como um dos principais sintomas da globalização; finalmente serão apresentados os desdobramentos espaciais na escala da arquitetura e da cidade na realização dos (mega)eventos, bem como a sua repercussão na imagem da cidade. Como síntese, é importante atentar que os desdobramentos espaciais do turismo de negócios, de eventos e dos megaeventos se manifestam em várias escalas e com diferentes níveis de complexidade, revelando as potencialidades e/ou fragilidades dos lugares. O planejamento urbano, a arquitetura e o urbanismo são importantes objetos do conhecimento e de intervenção espacial para garantir infraestruturas e estruturas urbanas e edilícias adequadas à realização de eventos, que devem ser sensíveis às demandas de turistas e das comunidades receptoras.

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Biografia do Autor

Ricardo Alexandre Paiva, Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará

possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Ceará (1997), mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2005) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2011) com a tese "A Metrópole Híbrida: o papel do turismo no processo de urbanização da Região Metropolitana de Fortaleza". É Professor Adjunto do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará e Coordenador do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo e Design da UFC - PPGAU+D-UFC. Coordena o LoCAU (Laboratório de Crítica em Arquitetura, Urbanismo e Urbanização) do DAU-UFC. É pesquisador do LABCOM (Laboratório de Comércio e Cidade) da FAUUSP. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Projeto Arquitetônico e Urbano e Teoria, História e Crítica da Arquitetura e do Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: projeto, crítica da arquitetura e urbanismo moderno e contemporâneo, turismo, urbanização, arquitetura e cidade.

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Publicado

2015-12-08

Como Citar

Paiva, R. A. (2015). Eventos e megaeventos: ócio e negócio no turismo. Revista Brasileira De Pesquisa Em Turismo, 9(3), 479–499. https://doi.org/10.7784/rbtur.v9i3.890

Edição

Seção

Artigos