Um festival para chamar de meu
análise dos impactos do Festival Internacional SESC de Música, e da sua relação com o orgulho comunitário e a qualidade de vida dos residentes
DOI:
https://doi.org/10.7784/rbtur.v15i3.2036Palavras-chave:
Festivais, Eventos, Orgulho comunitário, Qualidade de vida, Residentes.Resumo
Os festivais oportunizam trocas sociais, lazer e recreação, e com isso criam senso de comunidade e dão significado à vida das pessoas. O presente estudo aprofunda o conhecimento acerca da realização de festivais e sua influência na qualidade de vida, e do papel mediador do orgulho comunitário na imbricação conceitual daqueles importantes construtos. Os dados primários foram coletados por meio de pesquisa on-line, com questionários autoaplicáveis, disponíveis ao público por três semanas após o evento – o 10º Festival Internacional de Música do SESC – realizado em Pelotas, RS, Brasil, em fevereiro de 2020. A amostra, com 331 respostas válidas, foi escolhida por acessibilidade, e a adesão a pesquisa foi incentivada por meio das redes sociais. O modelo de mensuração foi definido a partir da teoria revisada e aprimorado através de Análise Fatorial Exploratória/Confirmatória, e as relações entre os construtos foram testadas através de Modelagem de Equações Estruturais. O resultado confirmou a existência de seis fatores (benefícios econômicos, benefícios sociais, custos socioambientais, restrições à mobilidade, orgulho da comunidade e qualidade de vida percebida) e atestou a existência de influências significativas dos impactos positivos do evento na formação do orgulho comunitário, e na qualidade de vida percebida pelos moradores.
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