Turismo de Segundas residências no litoral sul do Brasil: uma discussão sobre seu dimensionamento e relevância para a atividade turística contemporânea
DOI:
https://doi.org/10.7784/rbtur.v12i1.1328Palavras-chave:
Turismo. Segunda Residência Turística. Políticas Públicas. Região Sul. Brasil.Resumo
O objetivo deste artigo consiste em analisar a dimensão da segunda residência turística litorânea na região Sul do Brasil, considerando a premissa de que esse fenômeno persiste relevante no âmbito da atividade turística, tanto em nível internacional, como nacional. Compreende-se a segunda residência como uma tipologia não hoteleira de hospedagem turística, na qual existe um vínculo permanente, mas cuja permanência não exceda ao período de um ano. Aspecto particular refere-se à sua vinculação com as atividades de construção civil, bem como do mercado imobiliário. Problematiza-se a relativa invisibilidade do fenômeno da segunda residência nas bases de dados que subsidiam a elaboração das políticas públicas e ações relativas ao turismo, tanto no âmbito nacional, como nos estados. Em termos de metodologia, a abordagem do tema nesse recorte foi quantitativa e de caráter exploratório. A perspectiva exploratória guiou a revisão bibliográfica, com vistas a compreender a política pública de desenvolvimento turístico e suas prioridades, bem como discutir o fenômeno da segunda residência turística e a forma pela qual tem sido abordado. A análise dos dados secundários envolveu coleta, sistematização e interpretação, tendo em vista explicitar a participação e o crescimento do volume de segundas residências litorâneas. Os dados foram coletados, exclusivamente, para os municípios litorâneos, dos três estados da região sul brasileira nas bases do IBGE. Em seguida foram analisados em processo comparativo dados relativos ao mapa do turismo, no qual os destinos turísticos são classificados. Os resultados reiteram que a desconsideração desses fluxos e dessas dinâmicas territoriais no âmbito da política pública de turismo tende a gerar fortes distorções no planejamento, na sua implementação e nos resultados que poderão ser obtidos. Entende-se que sua apreensão, no entanto, requer um esforço de levantamento, sistematização e análise estatística distinto daquele que deve ser empreendido para mensurar os fluxos econômicos advindos dos estabelecimentos empresariais relacionados a hospedagem.
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