Panorama da visitação e da condução de visitantes em Parques brasileiros

Autores

  • Celson Roberto Canto-Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Porto Alegre http://orcid.org/0000-0002-6032-5144
  • Jordana Santos da Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.7784/rbtur.v11i2.1286

Palavras-chave:

Visitação. Unidades de Conservação. Parques. Condutores de visitantes.

Resumo

Propósito do tema: O uso público em Unidades de Conservação (UCs), principalmente através da visitação, pode trazer benefícios diretos e indiretos à sociedade. Os Parques constituem-se em áreas muito favoráveis à visitação, podendo proporcionar aos visitantes a oportunidade de conhecer, entender e valorizar os recursos naturais e culturais existentes nessas áreas e contribuir com o desenvolvimento socioeconômico local. O conhecimento do panorama em que se dá a visitação nos Parques brasileiros, assim como da condução de visitantes, importante atividade no ordenamento dessa visitação, é de fundamental importância para a gestão do uso público crescente nessas áreas e para a avaliação do impacto da atividade nas comunidades locais. Objetivo: O presente trabalho objetivou, através de uma pesquisa documental e do levantamento de informações junto aos gestores das UCs, contribuir com informações sobre a visitação atual nos Parques brasileiros e sobre a condução de visitantes nessas áreas. Metodologia e abordagem: A pesquisa documental foi baseada nos dados do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC) e as informações junto aos gestores foram obtidas através de questionário elaborado e enviado a estes através da ferramenta Google.docs. Resultados: Com base no CNUC, apenas 33,42% dos Parques estão abertos à visitação. O maior percentual de unidades abertas à visitação é observado entre os parques geridos pela esfera federal (45,07%) ou municipal (44,55%), assim como entre aqueles localizados nos biomas Caatinga (40,00%) ou Mata Atlântica (38,91%). Em relação às informações fornecidas pelos gestores dos Parques, evidencia-se que o número anual de visitantes predominante nestes é superior a 10.000 (46,88%), que os condutores locais atuam de forma exclusiva em 52,13%, estando presentes em 81,25% deles, e que em 39,06% das áreas a atuação dos condutores de visitantes é feita de forma associativada. Originalidade: Apesar do incremento do número de visitantes, a proporção de Parques com visitação, pelo menos no que diz respeito aos Nacionais e Estaduais, não se alterou nos últimos 10 anos. Os condutores locais têm um papel protagonista na condução de visitantes nos Parques brasileiros. A atuação coletiva dos prestadores de serviço de condução de visitantes é uma realidade em pouco mais de um terço dessas áreas.

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Biografia do Autor

Celson Roberto Canto-Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Porto Alegre

Possui graduação em Biologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1994), mestrado em Ecologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999) e doutorado em Biologia Animal pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2003). Foi professor adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul no período de 2004 a 2010 e atualmente é professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Campus Porto Alegre. Tem experiência na área de Conservação da Biodiversidade atuando nos seguintes temas: Gestão do Uso Público em Unidades de Conservação, Ecoturismo e Educação Ambiental.

Jordana Santos da Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Porto Alegre

É graduada em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul.

Publicado

2017-05-10

Como Citar

Canto-Silva, C. R., & da Silva, J. S. (2017). Panorama da visitação e da condução de visitantes em Parques brasileiros. Revista Brasileira De Pesquisa Em Turismo, 11(2), 365–386. https://doi.org/10.7784/rbtur.v11i2.1286

Edição

Seção

Artigos