MERCADO PET EM ASCENSÃO - HOTELARIA PARA CÃES E GATOS EM SÃO PAULO THE RISING PET MARKET: HOTELS FOR CATS AND DOGS IN Tatiana Afonso[1] Lorena Berdasco[2] Thais Medeiros[3] Mirian
Rejowski[4] Resumo: Pesquisa
exploratório-descritiva acerca da Hotelaria para cães e gatos na cidade de São
Paulo, a fim de demonstrar as características e tendências e contribuir para os
estudos aplicados sobre esse segmento turístico. Inicialmente enfoca o chamado
“mercado pet”, apresentando um breve contexto com dados gerais no mundo, e a
evolução da hotelaria para animais no Brasil. Em seguida, trata da hospedagem
para animais de estimação, a partir de dados sobre diferentes meios de
hospedagem e suas características peculiares, e da visão de gerentes de hotéis
que aceitam animais de estimação junto com os hóspedes e de proprietários de
animais de estimação na zona sul dessa cidade. Os resultados obtidos indicam um
segmento de mercado em ascensão em dois sub-segmentos: meios de hospedagem para
animais e hotéis que aceitam animais junto com seus hóspedes. A oferta de
produtos e serviços hoteleiros indica a incorporação do conceito de
hospitalidade, a diversificação da oferta, a necessidade de profissionais
capacitados e o desenvolvimento de sistemas administrativos e gerenciais
específicos, considerando, hábitos, necessidades e expectativas dos donos de
animais, ao lado das características de cada tipo de animal em particular. Palavras chave: Turismo e Hotelaria.
Meios de hospedagem. Mercado pet. Características
e tendências. São Paulo (cidade)/Brasil. Abstract: This paper focuses on Hotels
for dogs and cats in São Paulo city. Characteristics
and tendencies are analyzed aiming to contribute to applied studies on the
subject. It begins by bringing general data on pet market in the world and on
hotels for pets in Key
words: Tourism and Hospitality.
Lodging. Pet market. Characteristics and trends. São Paulo
(city)/Brazil. Introdução O
mercado de produtos e serviços para animais de estimação vem ganhando grande
destaque mundial e caracteriza-se como um novo e lucrativo segmento da
economia. De acordo com Edgar Sommer, diretor do Provet, referência nacional em laboratório e
diagnósticos por imagens para o público veterinário, o Brasil representa o
segundo maior mercado pet (mercado de animais de estimação)
do mundo, ficando atrás somente do norte-americano. Estima-se que existam
mais de 30 milhões de animais domésticos no Brasil, dos quais a maioria é
composta por cães e gatos, sendo que cerca de 60% dos domicílios brasileiros
têm algum animal de estimação. De acordo com dados da Prefeitura Municipal, a
cidade de São Paulo tem 1 cão para cada 7 habitantes, e 1 gato para cada 46
habitantes. (PORTAL BEM PARANÁ, 2008). O aumento da
afetividade manifestado em relação aos animais justifica em parte, o
crescimento do consumo de produtos e serviços pet e estimula ainda mais
sua expansão (DINIZ, 2004). Constata-se que cada vez mais turistas viajam com
seus animais, o que exige serviços e equipamentos turísticos e hoteleiros
adaptados a esse novo público. Nesse contexto, anualmente são lançados novos
pacotes turísticos que incluem em sua programação atividades de lazer e
entretenimento envolvendo os animais; companhias aéreas adaptam e aperfeiçoam
suas estruturas para o transporte dos mesmos; meios de hospedagem permitem a
acomodação de hóspedes junto a seus animais de estimação. Diante dessa nova
realidade, o segmento pet apresenta-se como um mercado rentável e
lucrativo, já que impõe relativamente pouco investimento inicial. Além disso, é
um segmento pouco explorado, no qual tampouco existem análises e investigações
aprofundadas. Diante disso justifica-se a elaboração deste artigo, que aborda
os principais resultados do trabalho de conclusão do Bacharelado em Turismo da
Universidade Anhembi Morumbi (CAZEIRO, 2007), realizado de março a novembro de
2007, sendo que alguns dados estatísticos desse mercado foram atualizados em
fontes bibliográficas, em especial, de “sites” da Internet, face à carência de
estudos e pesquisas sobre o tema. Sob o ponto de vista
metodológico, trata-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, que visa
demonstrar as características e tendências da Hotelaria para animais de
estimação na cidade de São Paulo, e contribuir para os estudos aplicados sobre
um novo segmento turístico. Com esse
propósito, levantaram-se dados sobre os serviços hoteleiros para animais já
existentes na capital paulista, com base em consultas em fontes secundárias
(livros, revistas, jornais e sites especializados), e desenvolveu-se pesquisa
de campo em duas etapas realizadas entre agosto e setembro de 2007: 1
A primeira direcionou-se a uma amostra de hotéis da zona sul da cidade
de São Paulo que aceitam hospedar de animais de estimação, os quais são
indicados como referência em revistas e guias especializados. Aplicou-se um
questionário enviado por correio eletrônico a gerentes gerais ou gerentes de
hospedagem de sete hotéis localizados na zona sul da cidade de São Paulo: Hotel
Blue Tree Berrini (Brooklin), Hotel Quality Jardins (Jardins), Comfort Suites
Oscar Freire (Jardins), Hotel Sofitel São Paulo (Ibirapuera), Tryp Jesuíno
Arruda (Itaim Bibi), Comfort Nova Paulista (Jardins) e Unique Hotel
(Ibirapuera). As variáveis consideradas foram: animais (tipos e critérios de
aceitação); serviços (específicos e complementares); e outros aspectos dessa oferta
(início e justificativa, alta estação e dificuldades). 2
A segunda contemplou uma amostra de donos de animais de estimação
residentes em bairros da zona sul da cidade – Brooklin (35), Santo Amaro (25),
Campo Belo (20), Moema (10) e Vila Santa Catarina (10). Aplicou-se um
questionário entregue pessoalmente a pessoas conhecidas (familiares e amigos)
que foram indicando outros conhecidos residentes na zona sul, até totalizarem
100 pesquisados. As variáveis consideradas foram: características sócio-demográficas
(faixa etária, sexo, estado civil, filhos e renda mensal); animais (tipos,
justificativa, tratamento e serviços utilizados); viagens com animais
(freqüência, dificuldades, hotéis especializados); uso e escolha de hotéis
especializados (principal fator de escolha do estabelecimento, valor ideal a
ser gasto com a hospedagem do animal e profissionais especializados). Por
fim, a título de complementação e elucidação de alguns dados, entrou-se em
contato com profissionais da área hoteleira de São Paulo e com experts que
atuam no segmento, em especial sobre o início e a evolução da hotelaria para
animais de estimação no Brasil e em São Paulo. Este artigo está
estrutura em duas partes principais. Inicialmente enfoca o chamado “mercado
pet”, apresentando um breve contexto com dados gerais no mundo, e a evolução da
hotelaria para animais no Brasil. Em seguida, trata da hospedagem para animais
de estimação em São Paulo, a partir de dados sobre diferentes meios de
hospedagem e suas características peculiares, da visão de gerentes de hotéis
que aceitam animais de estimação junto com os hóspedes e da visão de
proprietários de animais de estimação sobre variados aspectos da hospedagem
junto aos mesmos e em separado a estes. Mercado Pet –
um segmento em ascensão Dados
Gerais A Primeira Rodada
Internacional de Negócios Pet Products Brasil, gerou resultados
expressivos, com uma previsão de negócios na ordem de U$ 1,2 milhão para os 12
meses seguintes (APEX BRASIL, 2008). Nos Estados Unidos, o Bureau
of Labor Statistics – BLS, projeta que os serviços veterinários
norte-americanos terão um rápido crescimento nesta década, com uma previsão de
acréscimo de 44% até 2010, superior ao projetado para o crescimento do emprego
em geral (16%). Outra área de rápido
crescimento é a de alimentos funcionais para utilização geriátrica em cães e
gatos. Como os animais domésticos têm expectativa de vida maior, muitas
empresas estão desenvolvendo alimentos destinados a prevenir ou solucionar
deficiências de saúde dos mesmos (PALMA, 2002). O
crescimento do número de animais, acrescido ao fenômeno de “humanização dos
animais” por parte de seus proprietários, ajudou a criar uma situação
extremamente favorável ao crescimento e à expansão da indústria de pet food (alimento
para animais de estimação) e pet care (produtos e serviços de
estética animal, limpeza e higiene). Tais mudanças e tendências vêm sendo
acompanhadas por pesquisas nos últimos anos, como a desenvolvida pela AAHA
em 2001, com donos de animais de estimação que levantou dados como: 83% dos
proprietários denominam-se "papai" ou "mamãe", 59% celebram
o aniversário do animal, 68% viajam com o animal e 66% preparam comida
especialmente para o mesmo (PALMA, 2002). Os
consumidores procuram produtos que não só sustentem adequadamente seus animais
de estimação, mas que também proporcionem a eles uma melhor qualidade de vida.
Desta forma surge no mercado uma vasta linha de produtos nutricionais premium,
suplementos dietéticos, roupas e acessórios (EUROMONITOR, 2002 apud
PALMA, 2002). Coleiras de ouro e
banhos de flores são algumas das manias para satisfazer os animais de
estimação, mas essas amenidades não param por aí. A rede de padaria canina Three
Dog Bakery é um dos maiores sucessos nos Estados Unidos e no Japão. A
primeira loja foi inaugurada em 1989 e comercializa biscoitos, bolos e outros
quitutes feitos diariamente com ingredientes naturais e saudáveis (KADUDIAS,
2007). Em Xangai, na China,
os animais de estimação já desfrutam de um restaurante em que podem
compartilhar a mesma mesa com seus donos. O Paradise Pet Clube oferece
um menu do dia que inclui comida para cachorros e bebidas e aperitivos para os
donos, pelo valor de US$ 6. Todos os empregados do restaurante receberam
formação para o tratamento dos animais de estimação (EFE, 2007). Em Tóquio, a empresa Air
Press, que já possui vinte bares de oxigênio para humanos em diferentes
lugares do mundo, inaugurou este ano um bar de oxigênio para cães. O objetivo é
permitir que os animais inalem um ar purificado para revigorá-los. Cada sessão
de 30 min custa cerca de R$ 34,00 (JORNAL BBC BRASIL.COM, 2007). Para Rodrigo Silva,
coordenador de adestramento do Clube do Toddy, muitos donos vêem nas
comemorações uma oportunidade para compensar o tempo em que ficam afastados dos
animais de estimação por causa do trabalho (LEITE, 2007). De outro lado,
Hannelore Fuchs, veterinária, psicóloga e especialista na relação entre homens
e outros animais, diz que não se surpreende mais com a inserção de bichos em
eventos importantes para as pessoas. Segundo ela: São exemplo da mudança
de papel do bicho na sociedade, de uma função utilitária para o animal de
estimação na acepção da palavra. Eles têm um valor cada vez mais importante
para a saúde mental, substituem a falta de relações desse mundo virtual (LEITE,
2007). A
afetividade pelos animais de estimação e sua inserção na sociedade, também pode
ser observada pelo número cada vez maior de proprietários que levam seus
animais consigo a todos os lugares que freqüentam. Na capital paulista já existem
muitos salões de beleza bem conceituados que passaram a permitir que suas
clientes entrem acompanhadas de seus animais. Alguns locais como o Self Make
and Hair, possuem espaço reservado para animais, e outros salões, como o Tony
by Sylvio Rezende Cabeleireiros, permitem a estada desses em dias e
horários específicos (BENVENGA, 2007). E é claro que animais também viajam com
os seus donos para segundas residências, para casas de amigos e parentes e para
meios de hospedagem; e ao mesmo tempo também podem ser hospedados em
estabelecimentos especializados quando não podem estar ou acompanhar os seus
donos por vários motivos... Evolução da hotelaria para animais no Brasil A Hotelaria para animais
pode ser conceituada como a hospedagem de animais domésticos, em ambiente
próprio e específico para este fim, dispondo de facilidades e serviços que
proporcionem uma estada agradável, confortável e segura ao animal, quando longe
de seu dono. Os antigos abrigos para cães e gatos, conhecidos como canis e
gatis, vêm se modificando; passaram a incorporar o conceito de hospitalidade
como diferencial competitivo. Nos Estados Unidos, esses empreendimentos são
atualmente chamados de pet care center, resorts ou country
clubs, e oferecem diversos serviços especiais aos seus “hóspedes”, fato que
também pode ser evidenciado no Brasil. Ninguém sabe precisar
exatamente quando e como se iniciou a Hotelaria para animais no mundo, mas os
indícios levam a crer que tenha surgido há menos de uma década enquanto
atividade hoteleira, apesar de alguns médicos veterinários oferecerem o serviço
de hospedagem de animais em suas clínicas há mais tempo. Essa atividade foi
impulsionada pela necessidade que os donos de animais de estimação têm em
hospedá-los durante suas viagens. No
Brasil a primeira notícia sobre a exploração hoteleira do segmento pet
dá-se no início dos anos de Com a divulgação de
hospedagem para animais, na época da inauguração, recebemos muitas críticas,
algumas denúncias infundadas, mas como eu estava preparada e determinada a
tentar implantar o serviço, mantive a proposta e a divulgação disto na
imprensa. Por
volta de 1998, além das fontes de capital internas que o Brasil vinha
recebendo, principalmente do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social a indústria hoteleira atraiu a atenção do capital
estrangeiro. Esse fato resultou no surgimento de redes estrangeiras e na busca
constante pela diversidade de serviços e diferencial competitivo nos hotéis.
(AMAZONAS, 2007). A partir desse momento, os empreendimentos viram na
segmentação uma possibilidade para vencer a concorrência. Segundo o diretor de
operações da Accor Hotels, os segmentos e as marcas permitem ao
investidor adequar melhor o investimento previsto (SOUZA, 2007). Hoje
vários hotéis como o Sofitel São Paulo, oferecem outros diferenciais dentro
desse universo. Segundo a guest relations desse hotel, o empreendimento
passou a oferecer o serviço diante da sugestão de um cliente. A idéia foi
adotada pelo gerente geral da unidade por entender que este era um nicho de
mercado em desenvolvimento e com pouca oferta na cidade. Além da hospedagem, o
hotel possui convênio com um pet shop localizado em frente ao hotel, e
que também funciona como hospital 24 horas. Hospedagem exclusiva a animais de estimação Diferentemente do que
acontece no exterior, no Brasil a Hotelaria para animais ainda é uma atividade
nova, mas promete trazer muitos benefícios aos proprietários de hotéis. Não são
muitos os empreendimentos destinados a este público, porém se destacam alguns
no estado de São Paulo, como descrito a seguir. Na região de
Itapecerica da Serra, o estabelecimento Cãopestre Park & Hotel, implantado
em 2002, possui 40 canis e oferece serviços como: adestramento, agility,
passeios, recreação, banho e tosa, vacinações, táxi-dog (transporte ida e volta até o hotel) corredeiras,
ambulatório, playground, trilha ecológica, campo poliesportivo, e
piscina. A alimentação oferecida para os cães é a mesma que eles recebem em sua
casa, para que assim não sofram problemas de adaptação. Oferece ainda um
serviço dieferencial, o Dog Day (Dia do Cão): o animal passa um dia
inteiro com direito a usufruir todos os serviços e tratamentos oferecidos
(BARREIRA, 2007). Para a hospedagem do
animal, o hotel solicita o preenchimento de termo de responsabilidade e
apresentação de caderneta de vacinação e vermifugação do animal. O Cãopestre
Park & Hotel conta com equipe de profissionais com experiência na rotina
dispensada aos cães e veterinário 24 horas por dia. O valor da diária varia de
acordo com o tempo de estada e o hotel também aceita cães mensalistas. Outro
estabelecimento que oferece hospedagem para cães na cidade de São Paulo é o Dogwalker
no bairro do Campo Belo, criado em 2001 pela adestradora Raquel Yukie Hama,
Surgiu com o objetivo de oferecer o melhor serviço de passeio para cães do
mercado, e hoje já diversificou suas atividades, oferecendo, além dos passeios
orientados por profissionais formados em cursos do próprio Dogwalker,
hospedagem para cães, daycare (estada diurna), adestramento e consultas
com especialistas em psicologia comportamental (DOGWALKER, 2007). O
diferencial desse estabelecimento é que não existem canis ou gaiolas: os cães
transitam livremente por todos os espaços: área de recreação com playground
e piscinas, áreas verdes (uma para cães de pequeno porte e outra para cães de
grande porte), área coberta onde são servidas as refeições e sala para
descanso. O local ainda conta com assistência veterinária e táxi-dog
(DOGWALKER, 2007). Antes
da hospedagem, os cães passam por avaliação comportamental, na qual o animal é
apresentado aos demais “hóspedes”, o que determinará se poderão utilizar os
serviços do Dogwalker. Outros requerimentos são: caderneta de vacinação
em dia, atestado de vermifugação, controle de pulgas e carrapatos, e castração
dos machos. A alimentação, assim como os medicamentos que o animal possa estar
tomando, devem ser levados pelos donos (DOGWALKER, 2007). Outro
exemplo pioneiro no setor de hospedagem para animais em São Paulo é a rede Cãotry
Club Pet Resort, criada em meados da década de 1980. É o primeiro resort
canino do Brasil e oferece serviços de adestramento, agility e spa.
Seu spa conta com esteira aquática e mecânica, ofurô, maca para
massagem, hidratação, piscina aquecida e pátio gramado para descanso. Oferece
também serviços de banho e tosa, fisioterapia e clínica veterinária, além de
ser um importante núcleo criador de filhotes - a venda é realizada mediante
contrato e garantia (CÃOTRY CLUB, 2007). Para
hospedagem nesse local, os animais são instalados em ambientes individuais com solarium
e podem usufruir as seguintes áreas comuns: piscina, pátios para recreação e
centro de convivência nos quais os proprietários também participam das
atividades. É exigida a apresentação de carteira de vacinação e aplicação de
antipulgas na chegada ao local. Aceita hospedagem de cães e gatos, oferecendo
diárias mais baixas para estes últimos. (CÃOTRY CLUB, 2007). Empresas
especializadas no setor de hospedagem para animais de estimação têm cada vez
mais diversificado seus serviços com o principal objetivo de preencher o tempo
em que estes animais passam longe de seus donos. A Dog Fit, localizada
na região do Morumbi, é um local que aposta em conceitos inovadores para a
captação de seus clientes. Além dos serviços convencionais oferece o chamado pet
sitter, serviço que consiste no deslocamento diário de seus profissionais
até a casa do animal num período em que o dono não se encontra. Este serviço
inclui a limpeza da área onde o animal se encontra, fornecimento de alimentação
e administração de medicamento, caso necessário. Além disso, quando no
estabelecimento, os animais podem ser monitorados por seus donos através de
câmera on line via Internet; o conceito foi nomeado Big Dog Brasil
(DOG FIT, 2007). Preocupado em oferecer
todo suporte necessário para que os donos de animais possam levá-los em suas
viagens, o Canil e Hotel Cão de Mel, localizado na Rodovia Raposo Tavares,
emite o GTA e atestados de saúde, além de realizar o transporte do animal até
os aeroportos de São Paulo e efetuar reserva e despacho deste junto às
companhias aéreas (CANIL E HOTEL CÃO DE MEL, 2007). Outro estabelecimento
na cidade de São Paulo é o Pet Spa, que oferece hospedagem não só para cães
e gatos, como também para coelhos. Os animais ficam instalados em ambientes
individuais com solarium, mas são soltos diariamente e transitam pelas
áreas comuns. Disponibiliza ainda o serviço de táxi-dog e promove
periodicamente feiras de filhotes (PET SPA, 2007). Considerado pelas
revistas Veja e Revista da Folha, como um dos melhores hotéis para cães na
cidade de São Paulo, o Hotel Escola 4 Patas, localizado na Rodovia Raposo
Tavares, possui uma área de Dentre os
empreendimentos que aceitam hospedar animais junto aos seus donos está o
Sofitel São Paulo, hotel que oferece um programa para acolhimento VIP dos
animais de estimação, conhecido como Pet Program. Os hóspedes que
solicitarem o Pet Program no ato da reserva contam com as suítes
executivas do 6º e 7º andares, todas com varandas e em andares intermediários,
o que possibilita maior ventilação e conforto. Oferece ainda um kit pet
- cama especial, tapete higiênico, comedouro, bebedouro e aperitivo – e um
passeio diário no Parque do Ibirapuera, sob a supervisão de um passeador
uniformizado (CARVALHO, 2007). O Blue Tree Berrini
Premium, da rede brasileira Blue Tree Hotels, é outro exemplo de
estabelecimento que aceita a hospedagem de cães e gatos, sendo permitidos
somente animais considerados de pequeno porte, ou seja, com no máximo Além
da hospedagem, alguns hotéis possuem outros tipos de serviço para os animais
como tosa, banho, hidratação, consulta veterinária e salão de estética.
Geralmente esses serviços opcionais são oferecidos por meio de parcerias com pet
shops da região. Outro ponto importante a ser destacado é que grande parte
dos hotéis que aceitam animais não permitem sua livre circulação pelas áreas
comuns para evitar problemas com os demais hóspedes. Visão de gerentes de
hotéis que aceitam animais de estimação Todos
os sete hotéis pesquisados aceitavam hospedar junto com o hóspede, na época da
pesquisa, cães ou gatos, porém com restrições. Dentre as restrições à
hospedagem do animal observou-se que a de maior relevância referia-se ao
tamanho deste, mencionada por todos os gerentes: não eram permitidos apenas
animais de pequeno porte, com peso máximo de Figura 1 - Restrições na hospedagem de animais em
hotéis que aceitam animais - São Paulo (SP), 2007 Fonte:
Elaboração própria Em relação à
apresentação de documentação do animal no “check in”, a maioria dos hotéis (5)
não a exigiam. Todos os hotéis cobravam de seus clientes um valor adicional
para aceitação do animal de estimação, variando entre R$ 50,00 e R$ 100,00 por
dia, e não permitiam que o animal ficasse solto em suas dependências, face à
segurança dos demais hóspedes. Figura 2 - Período de maior procura em hotéis que
aceitam animais - São Paulo (SP), 2007 Fonte:
Elaboração própria A Figura 2 indica que
o período de maior procura por esse tipo de serviço é durante as férias
escolares (3 indicações) e aos finais de semana (3 indicações). É interessante observar
que os clientes que ficavam hospedados por longos períodos (chamados de
mensalistas, ou hóspedes long stay) também costumavam levar seu animal
de estimação ao hotel (2 indicações). Um dos estabelecimentos informou não
apresentar período de maior procura, sugerindo que a busca por esse tipo de
serviço pode não apresentar sazonalidade. Os hotéis pesquisados
apresentaram pouca diversidade de serviços para os animais de estimação em seus
estabelecimentos: 4 não ofereciam nenhum tipo de serviço adicional, 2 o serviço
de banho e tosa e Figura 3 - Serviços Adicionais em Hotéis que
aceitam Animais– São Paulo (SP), 2007 Fonte:
Elaboração própria Figura 4 - Motivos da hospedagem para animais em hotéis
que aceitam animais – São Paulo (SP), 2007 Fonte:
Elaboração própria A aceitação desses
animais pode gerar algumas dificuldades operacionais, como a manutenção do
apartamento, a reclamação dos demais hóspedes e o cheiro no apartamento. No
entanto, o motivo pelo qual os estabelecimentos vêm oferecendo este serviço a
seus hóspedes (Figura 4) está principalmente relacionado à geração de receita
para o estabelecimento (seis indicações), seguido do diferencial de mercado
(cinco indicações). Visão de proprietários de animais de estimação O conjunto de
características dos donos de animais de estimação entrevistados mostrou que a
maioria é do sexo feminino (77%), solteiro (59%), sem filhos (69%), com faixa
etária entre 16 e 25 anos (40%) ou de Com relação ao tipo de animal de estimação adquirido, o cão foi o
animal mais citado (80%), seguido pelo gato (8%). Outros animais citados por
12% dos entrevistados foram: papagaio, chinchilla, coelho, pássaro, tartaruga e
peixe. Importa destacar que os hábitos dos donos de gatos para com os seus animais
são bastante diferentes quando comparados aos donos de cães: não têm o hábito
de passear com seus animais na rua e levá-los para tomar banho no veterinário
com freqüência. Outro ponto interessante é que dentre as 100 pessoas que
responderam à pesquisa, seis delas possuíam mais de um animal, em especial cão
e gato convivendo juntos (5 entrevistados). A principal razão de
terem adquirido o animal foi o simples fato de gostarem de animais (76%).
Outros motivos citados foram: problemas afetivos (11%), distração dos filhos
(7%), solidão (5%) e outros (5%). Verificou-se também que o único animal
adquirido por motivo de segurança foi o cão, e quanto ao gato, este é adquirido
mais para a distração de crianças. Observou-se, ainda, que as mulheres não
apontaram problemas afetivos para a aquisição de animais, ao passo que os
homens os citaram (4%); mas ambos citaram a solidão como um dos motivos (5% das
mulheres e 4% dos homens). A maioria dos
entrevistados (90%) disse tratar o animal como um membro da família, e não
apenas como um animal de estimação, o que indica que cada vez as pessoas se
apegam mais aos animais. Cerca de metade deles (52%) utilizavam serviços de
alimentação especial adquiridos em mercados ou lojas especializadas, sendo que
66% freqüentavam lojas de conveniência para animais. Com relação à
freqüência de viagens com animais, os entrevistados costumavam viajar 3 vezes
por ano (25%), 1 vez por mês (24%), ou 1 vez por ano (20%); poucos tinham por
hábito viajar todo o final de semana (3%);
e somente 14% dos entrevistados expressaram não terem o hábito de viajar
com seus animais. Questionados acerca
das dificuldades enfrentadas em encontrar estabelecimentos hoteleiros que
aceitassem animais de estimação, 40% dos entrevistados tiveram dificuldades
nesse sentido, 44% deixaram de viajar por não terem com quem deixar o animal de
estimação durante a sua ausência, e 12% utilizaram serviços especializados de
hospedagem. Figura 5 - Freqüência de viagens com animais de
estimação – São Paulo (SP), 2007 Fonte:
Elaboração própria Quando questionados
sobre os motivos para deixar seu animal de estimação em um hotel especializado,
os donos destes citaram principalmente casos de dedetização em suas residências
(38%) e em casos de doença em família (38%); motivos menos citados foram:
mudança de residência (13%), período de cio do animal (6%) e outros (5%) -
festas e casamentos e doença/recuperação do animal. Com relação aos motivos de
escolha do estabelecimento especializado para hospedar seu animal, os entrevistados
citaram principalmente a presença de profissionais especializados (56%); os
motivos menos citados pelos entrevistados foram o espaço de lazer e os serviços
diferenciados (Figura 6). Figura 6 - Principal fator de escolha do meio de
hospedagem para animais – São Paulo (SP), 2007 Fonte:
Elaboração própria Figura 7 – Valor ideal de gastos com hospedagem
do animal em estabelecimentos especializados por dia – São Paulo (SP), 2007 Fonte:
Elaboração própria Detectou-se que a maioria
dos donos de animais de estimação entrevistados considerava como gasto diário
ideal de hospedagem do animal o valor entre R$ 16,00 e R$ 25,00 (44%) ou R$ Por
fim, para 71% dos entrevistados, há necessidade do gestor de um hotel para
animais reunir conhecimentos da área de hospitalidade (ou hotelaria) e de
medicina veterinária, contra 29% que acredita não ser necessário a presença
desse profissional. Considerações Finais Este artigo mostra que
a Hotelaria para animais de estimação é um segmento em ascensão no mundo e no
Brasil. O mercado pet configura-se como um segmento atraente, lucrativo
e promissor não só para aqueles que já atuam neste nicho, mas, principalmente,
para profissionais das áreas de Hotelaria e Turismo. É evidente que
evidente o crescimento do número de turistas que viajam com seus animais de
estimação ou que utilizam meios de hospedagem especializada tem relação direta
com o crescimento do número destes e do processo de humanização com o que os
mesmos são incorporados como membros da família. Para as autoras foi
surpreendente constatar a variedade de produtos e serviços especializados para
animais de estimação, como uma padaria ou um salão de beleza especializada,
dentre tantos outros. Por meio desta
pesquisa observou-se que o gasto direcionado a produtos e serviços para animais
de estimação cresce de forma impressionante. Verifica-se que a humanização dos
animais muitas vezes origina exageros por parte dos proprietários; para a
parcela mais rica da sociedade a aquisição de produtos e serviços para seus
animais de estimação passa a ter a função de status. Neste sentido, a
realização do trabalho proporcionou uma reflexão sobre a desigualdade social no
país, que provoca situações de exacerbada disparidade econômica. Ao procurar dados sobre
a evolução da hospedagem para animais de estimação no Brasil, verificou-se que
esta é resultado do processo de segmentação do mercado, em duas vertentes desse
segmento: os meios de hospedagem para animais, e os meios de hospedagem que
aceitam hospedar animais de estimação (junto com os hóspedes, seus donos). Os primeiros parecem
ter se desenvolvido no Brasil a partir de meados dos anos de 1980 em São Paulo,
como o Cãotry Club Pet Resort, considerado o primeiro resort canino do
Brasil, incorporando o conceito de hospitalidade aos antigos abrigos para cães
a gatos como um diferencial competitivo. Neste nota-se a
preocupação com os produtos e serviços diferenciais, com a incorporação da
tecnologia, e com a humanização dos animais diversificando a oferta de hospedagem.
Porém pode haver uma falta de avanço em sistemas administrativos, de pessoal
especializado e de estudos e pesquisas de mercado face ao rápido crescimento
desses estabelecimentos nas últimas décadas. Os segundos, apesar de
registrar-se a primeira iniciativa em 1992 pelos Hotéis Del Valle, a exploração
do segmento pelos hotéis pesquisados parece ter ocorrido a partir do início do
século XXI mediante demanda expressa pelos próprios hóspedes. Neles os espaços
são adaptados e alguns serviços são oferecidos sem um planejamento detalhado,
além de haver poucos requisitos para hospedar animais – a maioria dos hotéis
nem solicita a documentação desses no check in. Embora em todos os
hotéis pesquisados o acesso dos animais às áreas comuns não seja permitido, não
se tocou no caso de hóspedes cegos com cães guias, os quais devem acompanhá-los
em todas as áreas. Assim, apresentam pouca diversidade de serviços e alguns
problemas operacionais, suportados pela geração de receitas e diferencial
competitivo da aceitação de animais. A pesquisa junto aos
donos de animais de estimação mostrou que apesar da maioria ter cães, há outros
animais de estimação cuja natureza impõe maior diversificação na oferta de
produtos e serviços hoteleiros. Os hábitos de consumo e de viagens dessas
pessoas, aliados aos problemas enfrentados, as necessidades e expectativas em
relação à oferta de serviços hoteleiros especializados deve ser considerada com
rigor por aqueles que estão atuando ou pretendem atuar no segmento, inclusive a
resistência por parte de alguns donos, que demonstram pouca confiabilidade
perante os serviços prestados. Ao mesmo tempo, não se pode prescindir da
capacitação de profissionais especializados e do desenvolvimento de sistemas
administrativos e gerenciais específicos. Tais constatações são
apenas indicativas e não podem ser generalizadas para a cidade de São Paulo,
para o estado de São Paulo ou para o Brasil. Isto porque as amostras dos
sujeitos entrevistados não são representativas do universo de meios de
hospedagem para animais e que aceitam animais, e nem dos donos de animais de
estimação em São Paulo e no Brasil. A principal
dificuldade encontrada para o desenvolvimento desta pesquisa foi a ausência de
dados compilados e pesquisas sobre o segmento pet e a Hotelaria para
animais. Como ainda é um mercado pouco explorado, são escassas as investigações
e análises existentes. Neste contexto, espera-se que a realização deste
trabalho e a divulgação dos resultados obtidos contribuam para estimular outros
pesquisadores e aprofundar temas em estudos futuros, e a colaborar com
empreendedores dispostos a investir no mercado pet, por meio de
informações relevantes que direcionem suas decisões comerciais. Referências AMAZONAS, Eny. A hotelaria no mundo.
Disponível em: <http://www.revista hoteis.com.br/portal/historia/historia.htm>.
Acesso em: 3 out. 2007. APEX BRASIL. Rodada internacional de negócios
impulsiona o setor de Pet Products brasileiro. Disponível em:
<http://www.apexbrasil.com.br/ portal_apex/publicacao/engine.wsp?tmp.area=27&tmp.texto=4551>.
Acesso em: 22 de out. 2008. BAR de oxigênio para cães é aberto em Tóquio. Jornal
BBC Brasil.com. 18 set. 2007. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/ 2007/09/070918_caooxigenio_mp.shtml>. Acesso
em: 26 set. 2007. BARREIRA, Daniele. Luz, cãomera, olha o cão! Revista
Guia dos Bichos. São Paulo, n.4, p. 6-8, ago 2007. BARREIRA, Daniele. Dog day: uma novidade boa pra
cachorro. Revista Guia dos Bichos. São Paulo, n.4, p. 16, ago 2007. BENVENGA, Flávia. Bem-vindos, lulus! Revista
Cabelo & Cia. São Paulo, p. 152-154, jul. 2007. (Guia do Profissional,
Etiqueta) BRASIL. Decreto Nº 5.904, de 21 de setembro de
2006. Regulamenta a Lei no 11.126, de 27 de junho de
2005, que dispõe sobre o direito da pessoa com deficiência visual de ingressar
e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhada de cão-guia e dá outras
providências. Lex: Diário Oficial da União, Brasília, 22 set. 2006, no
183. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_ 03/_Ato2004-2006/2006/Decreto/D5904.htm>.
Acesso em: 21 set. 2007. CÃOTRY CLUB. Disponível em:
<http://www.caotryclub.com.br/index.php#>. Acesso em: 18 set. 2007. CARVALHO, Vininha F. Sofitel SP lança programa
para receber animais. Disponível em: <http://www.trilhaseaventuras.com.br/atividades/superdica. asp?id_atividade=11&id=146>. 08 Set. 2006.
Acesso em: 15 ago. 2007. CORRADINI, Ana Paula. São Paulo para cães e
gatos. São Paulo: Panda Books, 2004. CRISTINA, Renata. Hidratação para cachorros. Acessa.com,
9 set. 2006. Disponível em:
<http://www.acessa.com/infantil/arquivo/animais/2006/09/05-hidratacao/#lei>.
Acesso em: 28 set. 2007. DINIZ, Sérgio. Pet shop – Um negócio “bom pra
cachorro”. São Paulo: SEBRAE, [2004]. 79 slides., color. Disponível em:
<www.caesegatos.com.br/ _downloads/pet_shop_palestra.ppt>. Acesso em:
21 mar. 2007. DOG FIT. Disponível em:
<http://www.dogfit.com.br/bem_vindo/corpo.htm>. Acesso em: 23 out. 2007. DOGWALKER. Disponível em:
<http://www.dogwalker.com.br/dogwalker/>. Acesso em: 17 set. 2007. EFE. Restaurante para animais de estimação é
aberto na China. Jornal Folha Online. 21 mar. 2006. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/ noticias/ult338u5517.shtml>. Acesso em: 26
set. 2007. HOTEL ESCOLA 4 PATAS. Disponível em:
<http://www.quatropatas.com.br/>. Acesso em: 23 out. 2007. HOTEL IN SITE. HOTEL IN SITE. Quality Jardins. Disponível
em: <http://www.hotelinsite.com.br/ procura/ficha_hotel.asp?id=6743>. Acesso em:
25 set. 2007. LEITE, Fabiane. Donos perdem vergonha de fazer
festa de aniversário para seus cães. Revista da Folha. 19 maio 2007.
Disponível em: <http://www1.folha.uol. com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u4494.shtml>. Acesso
em: 13 ago. 2007. NETO, Ricardo Bonalume. Da arena do touro ao sofá
fashion. Revista da Folha. São Paulo, n. 787, ano 16, p. 13, 30 set.
2007. PALMA, Consultoria. Histórico do mercado no
mundo. PetBR, 2002. Disponível em:
<http://www.petbr.com.br/cons14.asp>. Acesso em: 10 fev. 2007. PET SPA. Disponível em:
<http://www.petspashop.com.br>. Acesso
em: 23 out. 2007. PORTAL BEM PARANÁ. Bichos. Região com maior
número de pet shops do Brasil ganha instituto especializado. Disponível em:
<http://www. bemparana.com.br/index.php?n=78817&t=regiao-com-maior-numero-de-pet-shops-do-brasil-ganha-instituto-especializado>.
Acesso em: 22 out. 2008. SOUZA, Orlando de. Qual o principal diferencial
para atrair investidores hoteleiros? HOST – Hospitalidade e Turismo
Sustentável. maio 2007. Disponível em: <
http://www.revistahost.com.br/publisher/preview.php?edicao= 0507&id_mat=983>. Acesso em: 3 out. 2007. SUBDRACK, Roberta. Bom pra cachorro: Gastronomia
canina. Rio de Janeiro: SENAC, 2004. ROSAS, Rafael. Faixa de brasileiros miseráveis fica abaixo de 20% da população pela 1a
vez, diz estudo da FGV. Valor
Online, 19 set. 2007. Acesso em: 23 out. 2007. Recebido em outubro de 2008. Aprovado em novembro de 2008.
[1] Bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi
Morumbi. E-mail: tatianaafonso75@hotmail.com
[2] Bacharel
em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi. E-mail: loberdasco@hotmail.com
[3] Bacharel em Turismo pela Universidade Anhembi Morumbi.
E-mail: thati_vmedeiros@hotmail.com
[4] Bacharel em Turismo, Mestre e Doutora em Ciências
da Comunicação e Livre Docente em Teoria do Turismo e do Lazer pela ECA/USP.
Docente Titular do Mestrado em Hospitalidade da Anhembi Morumbi e Docente
Colaboradora do Doutorado em Ciências da Comunicação da Universidade de São
Paulo. Diretora Presidente da ANPTUR - Associação Nacional de Pesquisa e
Pós-Graduação em Turismo. E-mail: mirwski@gmail.com